Porque te quero

Um pouco de mim que te dei, o pouco de ti que eu sou, não chegou. Reconheço-te cada vez mais nos momentos que me afligem, nas alturas em que o Sol se esconde, o cheiro desvanece-se, e existe uma chuva incontrolável do outro lado da minha janela. (…)
Ligar todas as pequenas alturas em que vi os teus olhos, aos momentos em que não te vejo é impossível. Dizer-te num toque suave que gosto de tudo em ti, é fácil, mas improvável de ser consecutivo. Gosto mesmo de sentir o teu olhar no meu coração, o teu cheiro entranhado no meu cabelo e as tuas mãos em mim. O sentido de alegria que tomas-te na vida é sobrenatural, és muito mais que tudo. A tua voz incontrolável, o teu sabor desejável é inexplicavelmente extraordinário. Relembro-te que se algum destes pilares deixar de fazer qualquer sentido, se te perdesse pelas minhas mãos, nunca mais voltaria a abrir a janela do meu quarto, recusava-me completamente de ver chover e não te ter!
(Autor: Marta Conceição)

Nenhum comentário: