Triste sina

"ELE: Estou?
ELA: Olá...
ELE: Quem é?
ELA: Sou eu, a felicidade iludida...
ELE: O que é que tu queres?
ELA: Dizer que te amo...
ELE: Outra vez? Eu já ouvi isso umas 15 vezes. Não te cansas?
ELA: Quem ama não cansa...
ELE: Mas eu canso... Eu não te amo!
ELA: O quê?
ELE: É isso mesmo, eu iludo e por isso é que me chamo ilusão do amor...
ELA: Como é que podes dizer isso?
ELE: A dizer que não te amo. Não devo nada a ninguem...
ELA: Não deves nada?
ELE: É claro que não...
ELA: Deves sim... O teu amor...
ELE: Que amor?
ELA: Tu fazes-me voar tão alto e agora dizes que não me amas?
ELE: Deves estar a ficar louca!
ELA: Estou mesmo louca...acreditei em ti!
ELE: Tu sabias que era só amizade, não?
ELA: Claro que não... Disses-te tantas coisas... E ainda me deste um beijo!
ELE: Um beijo? Aquilo nem foi um beijo...
ELA: Não foi? Então o que foi?
ELE: Ok... Foi um beijo sem significado.
ELA: Ah e um beijo sem significado deixa de ser beijo?
ELE: Não...
ELA: Quer dizer, eu não significo nada para ti?
ELE: Significas...
ELA: O quê?
ELE: Uma grande conta de telefone no final do mês. Agora vou desligar...
ELA: Não... Por favor!
ELE: Porquê?
ELA: Porque eu amo-te...
ELE: Qual é o valor que o teu amor me vai dar?
ELA: Felicidade.
ELE: Eu quero coisas materiais...
ELA: Eu vou ser tua...
ELE: Isso não me vale de nada... Quanto é que tu vales?
ELA: Porquê esta pergunta?
ELE: E se eu me enjoar de ti?
ELA: O que é que eu fiz para me tratares assim?
ELE: Amar-me! Agora vou desligar!
ELA: Não, por favor!!
ELE: Queres parar com isto? ESTOU FARTO!
ELA: Não... por favor, nao desligues.
ELE: ?
ELA: Fala comigo...
ELE: ?
ELA: Por amor de Deus, diz que me amas!
ELE: OUVE... eu já estou farto de ti. Agora vê se me esqueces...
ELA: Eu prefiro morrer do que esquecer-te.
ELE: Ai é? Então mata-te! (Ele desliga...)
ELA: Não... por favor... Não me faças isto, eu amo-te...
(...)
-Do que morreu esta rapariga? - Perguntam
-De intoxicação.. - Responde a enfermeira.
-Coitada... ela tinha algum problema? - Perguntam
-Sim, sofria de amor...- Responde a enfermeira.
(...)
No dia do funeral o rapaz de que a rapariga gostava, apareceu no local prestando a sua ultima homenagem, lançou uma rosa vermelha e disse baixinho:
-Amo-te!
Ela lá de cima a ver tudo, respondeu bem alto:
- Tarde demais!"
Para ela pode já ser tarde demais, mas não o é para todas essas "elas" que existem por esse mundo fora... Viver o amor sim, morrer por amor não...”

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