Tens mais olhos

(…) Quando pensava em nós, pensava num nós firme, nunca imaginei um nós tão distante (como agora). Esgotava as palavras mais apaixonantes e que me diziam tudo só para te ver feliz, mas tu nem um vulgar sentimento conseguias manter, simplesmente imaginavas e tentavas-me fazer sentir. Ilusão não é o mais certo, mas ficção é o mais concreto. Porque não passamos de um simples filme de uma paixão fictícia.
Hoje, penso e repenso se tudo valeu a pena, se nada foi em vão e se em algum momento vais te tornar numa desilusão. Não sei. Não sei mesmo! Quero tentar acreditar, mas não consigo. Já repetimos muitas vezes o nosso diário, da nossa suposta paixão.

(Autor: Marta Conceição. Dedicado: Márcia e Márcio)