
Cada anoitecer, só tencionava tornar a encontrar-te no cimo daquelas escadas. A examinar-te, detalhe a detalhe.
Interpelei-me consecutivamente, devido ao facto de não saber para onde ir. Só querer pensar em ti, mesmo estando tão longe de ti, estaria mentalmente colada de ti. Era mais que um desejo, mais que uns curtos e receosos olhares, faltava-me o teu beijo para me controlar.
Era mágoa de não te ter, vontade de subir às nuvens e escrever o teu nome no céu. Eras já tanto em nada. O vento passava, as horas voavam e os dias esvaziavam-se. Cada curto momento que tinha contigo acabara por se esgotar. Até agora.
Neste momento, perco-me controlada pela minha mente. Tantos anseios, tantos momentos confusos, mas um amor inquebrável. Só te pedia para me salvares desta confusão e embrulhares-me no nosso lugar. Não quero ficar sozinha, pois cada dia que voa és muito mais do que eras na primeira vez. És o foguetão de energia que iluminou a minha vida. Entrou no meu coração sem pedir qualquer permissão. Entras-te com um vontade de ficar e agora fechei a porta, e não sairás. Ficarás para sempre comigo, como as margens dos nossos momentos. Salva-me desta confusão!
Não queiras fazer a primeira cicatriz, agarra o nosso amor, não o despejes inconscientemente. Somos nós os dois! Eu prometo que lembrar-me-ia de ti com alegria.
(Autor: Marta Conceição)
3 comentários:
"(...)O vento passava, as horas voavam e os dias esvaziavam-se(...)"
Adoro cada palavra, recheada de emoção e calor pessoal. Amo as mensagens deixadas nas entrelinhas de dois paragrafos. Nunca, nunca pares.
E obrigado por acreditares, tanbém tú, um bocadinho em mim e no que escrevo.
Adoro-te, por tudo Marta Diogo.
fantástico :)
Claro que é lindo...
A Marta escreve lindamente...
Tenho muitas saudades... Beijos do teu monitor
Jorge
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