Caminhando pela vida

O rochedo é cada vez mais consistente. Não me consigo aconchegar nesta ocasião sem alguém do meu lado.
A imagem que se estabelece nos meus olhos é fantástica, a água a envolver-se nas pedras, o vento a sussurrar o céu e o sol a esconder-se da noite. É uma ocasião especialmente única, liga-me ao desejo.
Deitei-me nas pedras a olha-las, a liga-las ao “porquê?” “ Por que é que existem pedras? Será que existem para quando um dia te perder, ocasionalmente segui-las, e chegar a ti? E agora se fosse mesmo por isso, e fosses tu a perder-me, tentavas descobrir-me?”
Guardei todas aquelas perguntas debaixo das pedras e levantei-me, sacudi o que havia restado e segui caminho, hoje foi sem pedras, amanhã não sei, mas de uma coisa agora sei, sei que me esperam dois braços em casa e um beijo para apreciar.
(Autor: Marta Conceição)

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