Palma e a mão

Sinto-me com os pés no chão, sinto que nada do que agora acontece é um simples acontecimento. Já não digo que por ti era capaz, digo que por ti sou capaz. Sou capaz de gravar o teu nome na minha mão, e os teus beijos no meu coração. O teu olhar centralizado no meu, encaixa-se nos meus olhos e as tuas mãos comprometedoras uniam-se nas minhas. E tu? Onde te encaixavas? Sem qualquer vacilo, em mim, no meu corpo. E depois? O que acontecia? Ficávamos parados no tempo a apaixonarmo-nos? (…)
Posso aproveitar-te, beijar-te, ter-te, olhar-te, sentir-te, fixar-te, amar-te e acariciar-te? Posso? Será que ao menos posso tocar-te?
(Autor: Marta Conceição)

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