Abraça-me bem

Estou completamente destroçada, é inevitável evitar.
Estou deitada, livremente desajeitada. Não dormi, nem sonhei, pensei em ti a noite inteira, nas nossas palavras, no que és e para qualquer lado que olhasse só queria ver-te, aproximar-me de ti, abraçar-te bem! Mas se calhar, isto nunca tivera perto de acontecer inesperadamente pois arriscas-te, arriscas-te em mim, e eu talvez me tenha aventurado e perdi-te. E agora para que servem as palavras? Limpar o que desmoronei consecutivamente? As minhas justificações já são imensas, mas uma coisa consigo relacionar, hoje chove, a agua embate no chão sem preconceitos, e porque? Consegues justificar o sol que se agarrava às nuvens à relativamente pouco tempo atrás, e a chuva que agora oculta o sol? (…) Mesmo que os nossos caminhos sejam opostos, vou guardar-te, mas não num capitulo (…)

«Fica em mim que hoje o tempo dói, como se arrancassem tudo o que já foi, e até o que virá e até o que eu sonhei, diz-me que vais guardar e abraçar, tudo o que eu te dei»
(Autor: Marta Conceição)

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